domingo, 1 de maio de 2011

NOTA DE REPÚDIO

Este blog apoia e solidariza-se comm tod@s @s radialistas de Sergipe representa@s pelo presidente do SINTERT.


NOTA DE REPÚDIO


O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão Aberta ou por Assinatura e Publicidade do Estado de Sergipe (Sterts), manifesta o seu apoio e solidariedade ao radialista Claudio Nunes e repudia com veemência as declarações homofóbicas e desrespeitosas feitas pelo deputado estadual Augusto Bezerra (DEM) atreves seu perfil no microblog Twitter.

Em tempos nos quais a homofobia tem sido alvo de estudos e debates, sobretudo no âmbito das políticas públicas com a criação de estratégias de enfrentamento e combate a todo tipo de violência homofóbica, como destaca o Programa Brasil Sem Homofobia, a postura do deputado Augusto Bezerra, como ‘representante do povo’ encontrar-se na contramão das proposições políticas, éticas e humanas de combate à homofobia.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão Aberta ou por Assinatura e Publicidade do Estado de Sergipe (Sterts), lamenta muito o ocorrido e se solidariza com o radialista Claudio Nunes e deixa à sua disposição o departamento jurídico da instituição para as medidas legais cabíveis.

Antonio Fernando Cabral

Presidente do Sterts

Comissão de População e Desenvolvimento da ONU reafirma a Plataforma do Cairo e reconhece que sem o apoio internacional vários dos objetivos do milênio não serão cumpridos

A Rede Feminista de Saúde participou da reunião, realizada em Nova Iorque, como integrante da delegação oficial brasileira




A Comissão de População e Desenvolvimento do Conselho de Economia e Assuntos Sociais das Nações Unidas encerrou na última sexta-feira, 15, em Nova Iorque, a sua 44ª reunião anual reafirmando, em suas resoluções, o compromisso com a implementação das ações fundamentais do Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, Cairo 1994. A temática do encontro foi Fecundidade, Saúde Reprodutiva e Desenvolvimento. A resolução aprovada resultou de fortíssima disputa de posições entre países que adotam a linguagem dos direitos reprodutivos e de gênero das Nações Unidas (liderados por Brasil, países europeus - em especial nórdicos - e Estados Unidos) e aqueles que trabalharam para retroceder e anular conquistas (liderados pelo Vaticano e grupo de países árabes e islâmicos).

A Resolução do encontro convoca os Governos a redobrarem esforços para eliminar até 2015 as causas evitáveis de morbidade e mortalidade maternas, assegurando o acesso universal à saúde reprodutiva, ao planejamento familiar, a educação sexual e a prevenção e tratamento ao aborto inseguro. A participação da sociedade civil, através da criação de mecanismos de financiamento e atuação, foi bastante enfatizada, refletindo os debates ocorridos em 2009, quando várias reuniões internacionais marcaram os 15 anos de Cairo. Foi definido ainda que o tema da reunião de 2012 será sobre Adolescentes e 2013 abordará Migrações.

Dessa reunião participaram, como integrantes da delegação oficial brasileira, a cientista política Telia Negrão, secretária executiva da Rede Feminista de Saúde e integrante do conselho diretivo da Rede de Saúde de Mulheres Latino Americanas e do Caribe, RSMLAC, a jornalista e ativista da saúde pública, Alessandra Nilo, diretora da Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, de Pernambuco, organização filiada à Rede, e assessora em Direitos Humanos do Conselho Latino Americano e Caribenho de Org. com Serviços em SIDA - LACCASO.

Outras decisões - A Resolução enfatizou da Plataforma de Cairo (1994) que deve ser assegurado o direito das mulheres de terem controle e de decidirem responsavelmente sobre questões relacionadas a sua sexualidade, saúde sexual e reprodutiva, livres de coerção, de discriminação e de violência, combatendo todas as formas de violência contra a mulher, inclusive práticas tradicionais como a mutilação genital feminina. Este último assunto foi um dos temas mais debatidos, pois os países do bloco árabe-islâmico exigiam a comprovação da relação existente entre a mutilação genital e fertilidade, tema central da reunião.

Ministro Padilha reafirmou compromisso com o Paism na apresentação da Rede Cegonha

Reconhecendo que as posições externadas pela Rede Feminista de Saúde de que o Programa Rede Cegonha não pode substituir a implementação da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher, o ministro da Saúde Alexandre Padilha declarou na segunda-feira,18, quando da abertura do Simpósio Internacional de Rede de Atenção à Saúde Materno-Infantil, que o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher - PAISM será executado em toda a sua dimensão durante a sua gestão. O Ministro admitiu que é uma vergonha para o Brasil a manutenção dos atuais índices de mortalidade materna e que todas as causas deverão ser enfrentadas para obter a redução das mortes preveníveis e evitáveis. Dirigindo-se a representante da Rede Feminista, a conselheira do Conselho Nacional de Saúde Santinha Tavares, chamada a compor a mesa ao lado da OMS, OPAS, Unicef, UNFPA e da Ministra Iriny Lopes, reafirmou todos os compromissos firmados com a Entidade em janeiro deste ano. Entre eles, o fortalecimento da área da saúde da mulher do Ministério e a implementação de acões integrais, com respeito aos direitos sexuais e reprodutivos. Alexandre Padilha afirmou em seu discurso que “neste país nenhuma mulher será presa por chegar abortando num hospital” e que o fato de 27% das mulheres, segundo pesquisa, queixarem-se de violência durante o parto é um alerta para o sistema de saúde.


O Colegiado da Rede Feminista, apesar da visão crítica sobre a estratégia da Rede Cegonha participou ativamente do Simpósio, que teve a presença de profissionais vinculados ao SUS de todos os estados brasileiros. Na opinião da Entidade, a proposta inicialmente apresentada e considerada materno-infantil, sofreu aprimoramento conceitual e também de ações, demonstrando flexibilidade por parte do Ministério da Saúde para aceitação de criticas e sugestões. Persistem ainda lacunas, como a relação entre a Rede Cegonha e o Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal e a Comissão Nacional de Mortalidade Materna, dois mecanismos de monitoramento das políticas de saúde que se encontram enfraquecidos. Também a política para a redução dos abortos inseguros é vista como insuficiente, pois na avaliação da Rede Feminista o problema deve ser abordado não só com a garantia do planejamento reprodutivo, mas com o fim da criminalização da prática e o acesso a medicações específicas.

Estratégias- Durante o Simpósio, um painel internacional apresentou estratégias para a redução da mortalidade materna em vários países, destacando-se o trabalho do Ministério da Saúde do Uruguai que vem institucionalizando a de redução dos danos dos abortos inseguros. O médico Leonel Briozzo trouxe evidencias de seu país de que a informação completa sobre a interrupção da gestação para as mulheres diminui complicações, mortes e não incrementa o número de abortos.Em relação as experiências nacionais apresentadas, verificou-se a persistência da visão materno-infantil e a utilização de uma linguagem ainda reducionista da saúde das mulheres tratadas pela sua função materna, como mães, mesmo quando os programas contemplam ações com perspectivas de integralidade. A emocionante experiência do trabalho de profissionalização e valorização das parteiras tradicionais foi apresentada pela enfermeira Paula Viana, do Grupo Curumin, filiado a Rede Feminista. Paula justificou a escolha por este campo de trabalho pela defesa da autonomia reprodutiva que a ação das parteiras proporciona e pela solidariedade que caracteriza o labor de mulheres simples, que vivem nos interiores do Brasil e ajudam as mulheres na hora do parto.