quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

767 mulheres são agredidas por dia no Brasil

 

No Brasil a situação da violência contra a mulher continua calamitosa, mesmo com um dos instrumentos mais avançados de prevenção, combate e punição como a Lei Maria da Penha, os dados do PNAD divulgados hoje pelo IBGE mostram que é preciso que as politicas do Plano Nacional de Combate a Violência chegue mais rápido e com eficiência às mulheres..

Segundo a pesquisa cerca de 2,5 milhões de pessoas com mais de 10 anos de idade sofreram algum tipo de agressão em 2009. Destas, 40% eram mulheres (cerca de 1.081.000). O que chama a atenção é que um terço delas foram agredidas por parentes, companheiros ou ex, que foram responsáveis por mais de um quarto do total de agressões (25,9% ou cerca de 280 mil).

Isso significa que a cada dois minutos ocorre uma agressão contra a mulher no Brasil (são, em média, 767 por dia, 32 por hora ou uma a cada 30 segundos). Outro dado reforça a natureza doméstica da agressão contra a mulher: mais de um quarto delas (25,4%) ocorrem dentro da própria residência.

A pesquisa mostra ainda que a metade das pessoas agredidas não procurou ajuda policial para se defender e certamente a maioria destes, pode-se imaginar, são mulheres. Um em cada cinco porque não considerou importante; um número maior (um em cada três) por temer represálias ou não querer envolver a polícia.

O estudo, divulgado pelo IPEA na semana passada mostra um avanço na consciência sobre os direitos da mulher e, principalmente, acentua que este não é um problema de natureza privada, mas social. A imensa maioria (80%) das pessoas entrevistadas pelo estudo “Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre igualdade de gênero 2010” considerou que a violência contra a mulher é de responsabilidade da sociedade como um todo, contra apenas 14% para os quais o problema é isolado. Mais: um número superior a 90% dos entrevistados considera que essas agressões “devem ser investigadas pelo Estado mesmo que a mulher não queira”, destacou a técnica Maria Aparecida Abreu, no lançamento do estudo.

Além de ser uma questão pública, social, ela é também um problema civilizatório. O grau do avanço de uma sociedade, já disseram alguns pensadores avançados desde o início do século 19, é indicado pela igualdade entre homens e mulheres. E a violência contra a mulher, cujos protagonistas são principalmente homens que julgam ter direitos especiais, e definitivos, sobre elas, é o principal fator de atraso neste ponto. Parceiros que tratam suas companheiras como objetos de consumo, satisfação pessoal, como bens arroláveis entre as demais propriedades que controlam, e usam a força física ou a violência verbal para impor privilégios. Acionam o medo, a intimidação, a humilhação, para manter formas de relacionamento desigual, e submeter o outro (a outra, no caso) a seus caprichos, vontade, idiossincrasias e fantasias.

Os dados do PNAD mostram que ainda há muito a fazer na conquista da igualdade e no combate contra a opressão da mulher, e o estudo do IPEA mostra que há disposição para isso. É preciso unir estas duas pontas –necessidade e disposição – para avançar na luta contra esta verdadeira chaga social que é a opressão da mulher.

Mais uma mulher no CCJ

Delaíde é aprovada na CCJ para vaga de ministra do TST
Delaíde Arantes, aprovada para o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em sabatina no Senado Federal, nesta quarta-feira (15), disse que chega ao cargo de magistrada levando consigo a experiência de 30 anos como advogada. E que, em sua nova função, vai defender maior rapidez e uma contextualização do fato no julgamento dos casos. A indicação ainda será votada em plenário. Com o recesso parlamentar, a votação ficou para o próximo ano.
Ag. Senado
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), relator da indicação de Delaíde Arantes ao cargo, votou pela aprovação do seu nome, sendo acompanhado por todos os demais membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

“Sua atuação profissional, como advogada trabalhista, também alcançou a sociedade civil e entidades de classe de forma voluntária. Diante de uma sociedade desigual, onde poucos dispõem de recursos financeiros para contratar um profissional do direito, Delaíde Alves Miranda Arantes praticou cidadania quando doou serviços jurisdicionais à sociedade goiana mais necessitada”, destacou o senador, entre as diversas atividades descritas em seu currículo.

Delaíde Alves Miranda Arantes, que exercerá o cargo de Ministra na vaga reservada a advogado, decorrente da aposentadoria do ministro José Simpliciano Fontes de Faria, é a sexta mulher no TST, o que torna o tribunal com maior número de mulheres em sua mais alta instância de poder.
De Brasília
Márcia Xavier
Com Agência Senado

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Lúcia Falcón é indicada para o Ministério do Desenvolvimento Agrário

Lúcia Falcón é indicada para o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Parabéns companheira, muito sucesso e que sempre tenha como foco o compromisso com os mais pobres, com a democracia e com o desenvolvimento com valorização do trabalho.

sábado, 11 de dezembro de 2010

16ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

A Conferência das Partes, COP, nasceu do esforço ONU em 1990 quando das discussões sobre a relação entre a emissão de gases do efeito estufa e o aumento da temperatura do planeta. Naquele momento foi criado um comitê para negociar um acordo sobre mudanças do clima entre os países e por um acordo mundial. Desde 1995 estes países se reúnem todos os anos.
A 16º COP das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, ocorreu no período de 29 de novembro a 10 de dezembro desse ano, no México. Entre os principais objetivos esteve o compromisso com a segunda fase do Protocolo de Quioto, que vai de 2012 a 2020. Definiu as metas para a redução da emissão dos gases do efeito estufa. Foi discutido a criação de um fundo global de apoio aos países em desenvolvimento e transferência de tecnologia; os mecanismos de redução de emissões por degradação e desmatamento ( REDD) e educação ambiental.
Cientistas afirmam que os gases do efeito estufa são os grandes responsáveis pelo aquecimento global. Caso eles não sejam reduzidos, os efeitos podem ser danosos para o meio ambiente e para a própria sociedade global. Algumas consequências são esperadas ainda para esse século, como o aumento da incidência de secas, o derretimento de geleiras, o aumento do nível do mar e a intensificação dos surtos epidemiológicos.

DIEESE e Centrais Sindicais convidam para lançamento de Livro

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Juventude assassinada

(Editorial do Portal Vermelho)

Dois estudos divulgados recentemente mostram que, embora tenha alguns avanços na questão dos direitos humanos no Brasil, o quadro continua estarrecedor.

O relatório relativamente otimista, “Direitos Humanos no Brasil 2010”, foi elaborado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. Seu diretor, Aton Fon Filho acentua o reconhecimento das cotas raciais e a redução do preconceito contra a mulher como contra (destacando a Lei Maria da Penha) como avanços que devem ser registrados.

Ele chama a atenção, entretanto, para graves violações que continuam ocorrendo em grande escala, uma preocupação confirmada pelo outro estudo, feito pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e divulgado dia 8 pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela organização não governamental Observatório de Favelas.

Ele descreve em cores sombrias o estado da violência contra adolescentes no Brasil: em 2007, nos 266 municípios com mais de 100.000 habitantes, foram assassinados dois em cada grupo de 1.00O jovens entre 12 e 18 anos de idade. Se este ritmo não for reduzido, os autores do estudo calculam que 33 mil adolescentes serão mortos até 2013. Estes números equivalem às vítimas de uma guerra civil não declarada cujas vítimas estão neste fragilizado grupo de jovens.

Assassinatos são a causa de 45,5% das mortes nesta faixa de idade (quase metade); é o dobro das mortes por doenças (26,5%) e mais do dobro das mortes por acidentes (23,3%). As vítimas são principalmente do sexo masculino (12 rapazes para cada garota assassinada), negros (quase quatro para cada branco ou amarelo), e moradores das periferias, e as mortes são causadas principalmente por armas de fogo (revólver, pistola, espingarda, fuzil, metralhadora).

Uma explicação óbvia para esta realidade cruel é o envolvimento com crimes. Mas ela turva o entendimento do problema que revela, fundamentalmente, o descaso social, principalmente com as crianças mais pobres, a má qualidade das escolas públicas, a ainda hegemônica compreensão policialesca de questões sociais.

O Brasil vem avançando, é certo. Mas precisa reforçar seus ganhos civilizacionais e um dos maiores deles, que está em falta em muitos setores, é o respeito à vida.

Em apoio ao WikiLeaks, hackers iniciam 1ª "Guerra da Informação"

(Achei muito interessante esta publicação do Portal Vermelho e convido voce para defender a transparência e a democratização da mídia).

Um Exército de hackers voluntários está agindo em defesa do site WikiLeaks e entrou na disputa cibernética protagonizada por ataques e contra-ataques envolvendo a polêmica homepage, que divulga importantes documentos secretos pelo mundo, dando início assim à primeira ”Guerra da Informação”.

Campanha de solidariedade

Enquanto as comunidades hackers manifestam solidariedade ao WikiLeaks com a "guerra da informação", ativistas de diversos movimentos sociais iniciam uma grande campanha de apoio ao site e a seu fundador através de uma petição que circula pela internet. Veja, abaixo, a mensagem que está sendo disparada para mailings de várias partes do mundo pedindo adesão à campanha de apoio ao WikiLeaks:
Caros amigos,

A campanha de intimidação massiva contra o WikiLeaks está assustando defensores da mídia livre do mundo todo.

Advogados peritos estão dizendo que o WikiLeaks provavelmente não violou nenhuma lei. Mas mesmo assim políticos dos EUA de alto escalão estão chamando o site de grupo terrorista e comentaristas estão pedindo o assassinato de sua equipe. O site vem sofrendo ataques fortes de países e empresas, porém o WikiLeaks só publica informações passadas por delatores. Eles trabalham com os principais jornais (NY Times, Guardian, Spiegel) para cuidadosamente selecionar as informações que eles publicam.

A intimidação extra judicial é um ataque à democracia. Nós precisamos de uma manifestação publica pela liberdade de expressão e de imprensa. Assine a petição pelo fim dos ataques e depois encaminhe este email para todo mundo – vamos conseguir 1 milhão de vozes e publicar anúncios de página inteira em jornais dos EUA esta semana!

http://www.avaaz.org/po/wikileaks_petition/?vl

O WikiLeaks não age sozinho – eles trabalham em parceria com os principais jornais do mundo (NY Times, Guardian, Der Spiegel, etc) para cuidadosamente revisar 250.000 telegramas (cabos) diplomáticos dos EUA, removendo qualquer informação que seja irresponsável publicar. Somente 800 cabos foram publicados até agora. No passado, a WikiLeaks expôs tortura, assassinato de civis inocentes no Iraque e Afeganistão pelo governo, e corrupção corporativa.

O governo dos EUA está usando todas as vias legais para impedir novas publicações de documentos, porém leis democráticas protegem a liberdade de imprensa. Os EUA e outros governos podem não gostar das leis que protegem a nossa liberdade de expressão, mas é justamente por isso que elas são importantes e porque somente um processo democrático pode alterá-las.

Algumas pessoas podem discordar se o WikiLeaks e seus grandes jornais parceiros estão publicando mais informações que o público deveria ver, se ele compromete a confidencialidade diplomática, ou se o seu fundador Julian Assange é um herói ou vilão. Porém nada disso justifica uma campanha agressiva de governos e empresas para silenciar um canal midiático legal. Clique abaixo para se juntar ao chamado contra a perseguição:

http://www.avaaz.org/po/wikileaks_petition/?vl

Você já se perguntou porque a mídia raramente publica as histórias completas do que acontece nos bastidores? Por que quando o fazem, governos reagem de forma agressiva, Nestas horas, depende do público defender os direitos democráticos de liberdade de imprensa e de expressão. Nunca houve um momento tão necessário de agirmos como agora.


Fonte: Vermelho, com informações do Terra e Mulheres pela P@z

Terceirização nas empresas públicas federais está com dias contados

Um seminário realizado no Rio de Janeiro no dia 2 de dezembro deu a largada para o fim das terceirizações nas empresas estatais. O Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) convocou representantes de todas as empresas públicas ou de economia mista, suas subsidiárias e controladas para comunicar o procedimento de reversão das terceirizações.

Foi anunciado o cronograma, que prevê um prazo de seis meses para levantamento das informações de cada empresa, definição das áreas onde poderá ser mantida a prestação de serviços por empresas terceiras e a elaboração do plano de substituição dos terceirizados por concursados. O plano será encaminhado ao DEST e submetido à aprovação do Tribunal de Contas da União e, se aprovado, cada empresa terá até cinco anos para reverter toda a terceirização nas áreas definidas.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Eleger Dilma presidente significa renovar nossas esperanças

Escrito por Ivânia Pereira

Querid@s colegas bancári@s, permitam-me neste momento dirigir-me às mulheres brasileiras e sergipanas, chamadas para um novo desafio: evitar retrocessos e prosseguir mudando o Brasil elegendo Dilma, a primeira mulher presidente da República. Já estivemos presentes em grandes lutas populares em todos os tempos e lugares, ousando sonhar e construir um mundo diferente, verdadeiramente justo e igualitário. Já demos provas no passado do nosso compromisso democrático quando lutamos por liberdades políticas para o povo brasileiro. No presente, queremos também ser protagonistas do esforço para construir um projeto de nação justa, com amplas oportunidades para toda a população.

Somos donas de nossa própria vida, de nosso corpo, de nossas escolhas. Queremos a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Queremos mais saúde, mais educação, mais cultura. Queremos uma vida livre de todas as formas de violência e opressão. Estamos mais vivas, vigilantes e combativas, ainda lutando pelo respeito que merecemos e nos opondo ao velho machismo que insiste em aparecer sob novas formas. Estamos em alerta e sendo protagonistas de um novo projeto nacional de desenvolvimento, onde haja o devido lugar para a participação feminina nos espaços de poder e decisão.

Para nós, eleger Dilma presidente significa renovar nossas esperanças na certeza de que podemos conquistar ainda mais. Com ousadia para inovar e para aprofundar as mudanças no Brasil.

Nós, mulheres, continuamos a clamar por igualdade social e de gênero, contra qualquer tipo de discriminação de raça, cor, etnia, orientação sexual e de geração.

Temos a oportunidade de, pela primeira vez, elegermos uma mulher para a Presidência da República do Brasil. Precisamos eleger Dilma porque de seu futuro governo depende a conquista de um Brasil com mais desenvolvimento e soberania com distribuição de renda, socialmente equilibrado e ambientalmente construído, onde nós mulheres continuaremos a luta contra a violência de gênero, exigindo o cumprimento da Lei Maria da Penha, batalhando por mais casas-abrigo e centros de referência.

Estamos com Dilma, pelo compromisso assumido publicamente pela diminuição da jornada de trabalho e com igualdade salarial, pela implantação de equipamentos públicos que desonerem cada vez mais a mulher das estafantes tarefas domésticas.

Precisamos votar em Dilma, pela sua história em defesa da liberdade, e da possibilidade de continuarmos avançando nas políticas públicas como a defesa do Sistema Único da Saúde, garantindo a ampliação de uma rede de atendimento digno e eficaz, e o acesso aos serviços com muito respeito ao nosso corpo e às diferentes fases de nossas vidas. Ampliaremos as políticas públicas da Assistência Social, com aumento da inclusão social, do acesso e direito à moradia com investimentos ao desenvolvimento econômico com programas habitacionais.

Com Dilma presidente teremos a possibilidade de a Educação ganhar ainda mais o respeito às diferenças e o combate a qualquer tipo de discriminação e os estereótipos. Teremos escolas e creches de período integral para as crianças brasileiras.

Dilma presidente é a certeza da defesa e do fortalecimento de instrumentos que combatam a mortalidade materna, com a implantação de Comitês de Prevenção da Morte Materna.

As mulheres responderão ao chamado de estarem à frente de mais este desafio. O voto feminino fará diferença para que as mulheres estejam ainda mais na política, com mais poder; ocupando espaço e fazendo a diferença!

Apoiamos Dilma em todos os cantos do país com a certeza de que as mulheres e toda a sociedade continuarão a esperança de construir um mundo de igualdade contra toda a opressão! Por tudo isso e por tudo que virá é que continuaremos firmes, fazendo de 2010 um ano de muitas vitórias para nosso povo e para nossas mulheres.

Ivânia Pereira
Secretária de Imprensa e Comunicação do SEEB/SE
e Coordenadora da União Brasileira de Mulheres

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Manifesto de artistas e intelectuais Pró-Dilma

Manifesto de artistas e intelectuais Pró-Dilma


Leonardo Boff, Chico Buarque de Holanda, Oscar Niemeyer, Beth Carvalho, Marieta Severo …
14/10/2010
Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff.
Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.
Leonardo Boff
Chico Buarque de Holanda
Oscar Niemeyer
Aderbal Freire Filho – diretor de teatro
Alcides Nogueira – dramaturgo e roteirista
Alcione – cantora
Aldir Blanc – compositor e escritor
Álvaro Caldas – jornalista
André Klotzel – cineasta
André Luiz Oliveira – cineasta
Anne Pinheiro Guimarães – cineasta
Antonio Grassi – ator
Argemiro Ferreira – jornalista
Armando Freitas Filho – poeta
Beth Carvalho – cantora
Beth Formaggini – cineasta
Carlos Augusto Brandão – crítico de cinema
Carlos Brandão
Celso Frateschi – ator e diretor
Chico Cesar – cantor e compositor
Chico Diaz – ator
Claudia Furiati – historiadora e escritora
Cláudio Baltar – diretor
Cristina Buarque de Hollanda – cantora
Daniel Sroulevich – produtor cultural
Daniel Souza – designer e empresário
Dau Bastos
Débora Duboc – atriz
Dira Paes – atriz
Domingos de Oliveira – diretor teatral, cineasta
Edgar Vasques – cartunista
Ednardo – cantor
Eduardo A. Russo – crítico de cinema
Eduardo Figueiredo – produtor teatral
Eric Nepomuceno – jornalista e escritor
Eryk Rocha – cineasta
Felipe Radicetti – compositor
Geraldo Moraes – cineasta
Geraldo Sarno – cineasta
Helena Sroulevich – produtora cultural
Helvécio Ratton – cineasta
Hermano Figueiredo – cineasta e cineclubista
Hugo Carvana – ator e cineasta
Janaina Diniz – cineasta
Jesus Chediak – cineasta e produtor cultural
João Bosco – cantor e compositor
João Carlos Couto – dramaturgo e produtor teatral
Joel Pizzini – cineasta
Jorge Furtado – cineasta
José Joffily – cineasta
José Roberto Filippelli
Karen Acioly – diretora teatral
Leopoldo Nunes – cineasta e agente cultural
Lucélia Santos – atriz
Lucia Murat – cineasta
Lúcia Rocha – curadora do Tempo Glauber
Lucília Garcez – escritora
Lucy Barreto – produtora
Luiz Antonio de Assis Brasil – escritor
Luiz Carlos Barreto – produtor
Luiz F. Taranto – jornalista e cineasta
Luiz Fernando Lobo – diretor artístico e ator
Luiz Fernando Lobo – diretor teatral
Manfredo Caldas – cineasta
Marcelo Laffitte – cineasta
Marcos Souza – músico e jornalista
Mariana Lima – atriz
Marieta Severo – atriz
Marília Alvim – cineasta
Mario Prata – escritor e dramaturgo
Marquinhos de Oswaldo Cruz
Maurice Capovilla – cineasta
Maurício Machado – ator
Miguel Paiva – escritor e humorista
Miúcha – cantora
Monarco – compositor
Monique Gardenberg – cineasta e diretora de teatro
Murilo Salles – cineasta
Nelson Sargento – compositor
Nei Lopes – compositor e escritor
Noilton Nunes – cineasta
Orã Figueiredo – ator
Otto – cantor e compositor
Paloma Rocha – cineasta
Paula Gaitán – cineasta e artista plástica
Paulo Betti – ator
Paulo Halm – roteirista e cineasta
Pedro Cardoso – ator
Raquel Karro – atriz
Ricardo Cota – Secretário de Comunicação do Governo do RJ
Ricardo Cravo Albin – jornalista, historiador e pesquisador da MPB
Ricardo Gontijo – jornalista
Roberto Berliner – cineasta
Roberto Gervitz – cineasta
Roberval Duarte – cineasta e produtor cultural
Rodrigo Targino – cineasta
Rogério Correa – cineasta
Rosa d`Aguiar Furtado – jornalista, tradutora (viúva de Celso Furtado)
Rosemary – cantora
Rosemberg Cariry – cineasta
Rubens Rewald
Ruth Rocha – escritora
Ruy Guerra – cineasta
Sandra Werneck – cineasta
Sara Rocha – produtora de cinema
Sérgio Sá Leitão – cineasta e administrador público
Silvia Buarque de Hollanda – atriz
Silviano Santiago – escritor
Sylvia Moreira – arquiteta, cenógrafa
Tata Amaral – cineasta
Tia Surica -sambista
Toni Venturi – cineasta
Tuca Moraes – atriz e produtura
Vania Cattani – cineasta
Vicente Amorim – cineasta
Vinícius Reis – cineasta
Vladimir Carvalho – cineasta
Wagner Tiso – músico
Walter Carvalho – cineasta
Walter Lima Júnior – cineasta
Wolney Oliveira – cineasta
Ziraldo – desenhista, escritor, pintor
Frei Betto
Emir Sader
Álvaro Caldas – jornalista
Ricardo Gontijo – jornalista
Regina Zappa – jornalista e escritora
Padre Ricardo Rezende
Paulo Sergio Niemeyer
Vera Niemeyer
Tulio Mariante – designer

sábado, 25 de setembro de 2010

Pesquisa nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismo

Inscrições para pesquisa nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismo terminam no dia 7 de outubro

Sete milhões serão aplicados no intuito de estimular e fortalecer financeiramente projetos de pesquisa científica e tecnológica que visem a ampliar estudos nessa área

Os interessados em realizar pesquisa nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismos têm até o dia 7 de outubro para fazerem suas inscrições. Sete milhões serão aplicados no intuito de estimular e fortalecer financeiramente projetos de pesquisa científica e tecnológica que visem a ampliar estudos nessa área. As propostas aprovadas serão financiadas com recursos oriundos dos Fundos Setoriais e do Tesouro Nacional (FNDCT). Um dos objetivos é contemplar centros emergentes, pesquisadores em início de carreira, a distribuição regional de recursos e a intersecção com as seguintes abordagens: classe social, geração, raça, etnia e sexualidade.

O projeto é uma parceria da Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento (CNPq), e do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).

A parcela mínima de 30% dos recursos será destinada a projetos coordenados por pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste. Uma porcentagem de 14% do será reservada a projetos que contemplem as relações de gênero, mulheres e feminismos em suas interseccionalidades com as temáticas da ruralidade, da reforma agrária, da agricultura familiar, das situações das mulheres do campo e da floresta, em áreas prioritárias de políticas públicas, como os territórios da cidadania.

Os recursos serão distribuídos a duas categorias. A “categoria Um” destina-se a projetos de até R$ 50 mil, cujo coordenador seja doutor há mais de cinco anos. Na “Dois”, concorrem projetos de até R$ 25 mil realizados por grupos de pesquisa, cujo coordenador seja doutor há menos de cinco anos. Os projetos que forem apoiados deverão executar seus trabalhos em um prazo máximo de 24 meses.

O proponente deve possuir o título de doutor, ter seu currículo cadastrado na Plataforma Lattes, e ainda ter vínculo formal com a instituição de execução do projeto. As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq, exclusivamente, via Internet, por intermédio do Formulário de Propostas Online, disponível na “Plataforma Carlos Chagas”.

Acesse na integra o Edital.

Assessoria de Comunicação da SPM com Informações CNPq.

O pleito de 2010 deve eleger a maior bancada feminina da história da Câmara

Estima-se que 40% das cadeiras da Câmara serão renovadas, além de mais mulheres eleitas.

Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) prevê que sejam renovadas em torno dos 40% das cadeiras da Câmara Federal com as eleições 2010, além de mais mulheres eleitas. Entretanto, o percentual de renovação possivelmente será inferior à média de 50% registrada nas últimas cinco eleições, apesar de ser considerado alto se comparado a outros Parlamentos.

Das 55 parlamentares em exercício, 39 são candidatas à reeleição em outubro, 37 deputadas e duas senadoras, um alto índice à reeleição. Com as projeções de crescimento, pode-se esperar para a próxima legislatura, em 2011, uma bancada feminina mais fortalecida para manter e ampliar seus direitos, principalmente na luta pela igualdade de gêneros.

Segundo o Diap, das 14 parlamentares que não vão tentar renovar mandato, duas disputam o governo do estado: Santa Catarina (Ângela Amin - PP; e Ideli Salvatti - PT); três ao Senado Federal (Ângela Portela - PT/RR; Lídice da Mata - PSB/BA); e Vanessa Grazziotin - PCdoB/AM); três à Câmara Legislativa Estadual (Bel Mesquita - PMDB/PA; Cida Diogo - PT/RJ; e Patrícia Saboya - PDT/CE); uma à presidência da República (Marina Silva PV-AC); e uma a Câmara dos Deputados (Serys Shessarenko - PT/MT).

Quatro senadoras permanecem no mandato até 2015 (Marisa Serrano - PSDB/MS; Maria do Carmo Alves - DEM/SE; Kátia Abreu - DEM/TO e Rosalba Ciarlini - DEM/RN, que é candidata ao governo do estado).
As projeções de crescimento são baseadas no aumento do número de candidaturas ao cargo de deputada federal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já registrou 1345 candidaturas femininas para as próximas eleições. Em 2006 e 2002, foram 737 e 490 candidatas, respectivamente.

A região Sul é destaque no possível aumento de eleitas em relação à última eleição. Em 2006, a região elegeu 4 (5,19%) deputadas federais e, em 2010, este número pode chegar a 12 (15,58%).

O aumento tem também relação direta com a minirreforma eleitoral aprovada no ano passado, que estabelece o preenchimento por parte dos partidos de pelo menos 30% de suas vagas com candidaturas de cada sexo. Antes, a Lei Eleitoral (9.504/97) determinava apenas a "reserva" de 30% das candidaturas, o que abria espaço para que os partidos não preenchessem essas vagas.

Em maior número no Parlamento, as mulheres também esperam se tornar novas lideranças. Segundo o Diap, a presença feminina na elite parlamentar entre os “Cabeças” do Congresso Nacional de 2010, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. Entre os 100 parlamentares influentes, apenas seis mulheres fazem parte da lista: quatro deputadas, todas vice-líderes: Alice Portugal (PCdoB/BA), Luiza Erundina (PSB/SP), Rita Camata (PSDB/ES) e Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM); e duas senadoras, a líder Ideli Salvatti (PT/SC) e a vice-líder Kátia Abreu (DEM/TO).


Ranking das deputadas eleitas entre 1950 e 2006
1950 - 1 / 0,33%
1954 - 3 / 0,92%
1958 - 2 / 0,61%
1962 - 2 / 0,49%
1966 - 6 / 1,47%
1970 - 1 / 0,32%
1974 - 1 / 0,31%
1978 - 4 / 0,95%
1982 - 8 / 1,67%
1986 - 26 / 5,34%
1990 - 28 / 5,57%
1994 - 32 / 6,24%
1998 - 29 / 5,65%
2002 - 42 / 8,19%
2006 - 45 / 8,77%

Fonte: Portal da Comunicação Social Gov

"Se eu errar, vai custar para outra mulher ser presidente"

Durante o pronunciamento de Dilma na Plenária com as Mulheres Trabalhadoras, aconteceram vários momentos marcantes, que tomo a liberdade de transcrevê-los abaixo.

Dilma: "Se eu errar, vai custar para outra mulher ser presidente"

Diante de mil lideranças das seis centrais sindicais (CUT, Força, CTB, UGT, CGTB e NCST), a candidata Dilma Rousseff se comprometeu nesta terça-feira (17) a “honrar todas as mulheres do país” no Palácio do Planalto, tal como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “honrou os operários brasileiros”. A promessa foi feita na plenária “Mulheres Trabalhadoras com Dilma Presidenta”, na Casa de Portugal, em São Paulo.

“O Lula dizia que não podia decepcionar porque, se isso ocorresse, ia demorar muito para outro operário se tornar presidente. Eu também não posso errar. Se errar, vai custar para uma mulher voltar à Presidência. Sei exatamente o que representa uma candidatura nossa”, afirmou a presidenciável da coligação Para o Brasil Seguir Mudando. “Lula está passando para mim a coisa que ele mais ama, que é o cuidado com o povo brasileiro. Vou honrar esse compromisso.”

A plenária — definida no discurso do presidente em exercício da CTB, Nivaldo Santana, como “um ato histórico” — ressaltou os avanços do governo Lula nas áreas sociais e o protagonismo sem precedentes conferido às mulheres. “Se Getúlio Vargas foi o presidente que garantiu o direito do voto às mulheres, Lula nos garantiu uma mulher na Presidência”, frisou o presidente da CGTB, Antonio Neto.

Segundo Dilma, o governo Lula teve “claramente” um compromisso com os trabalhadores e as mulheres. Entre os avanços da gestão federal, Dilma destacou a política “vigorosa” de valorização do salário mínimo, associada ao controle da inflação, e a geração de 14 milhões de empregos formais — “com direito a carteira assinada, 13º salário, férias e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Para a candidata, também sobressaem feitos como a melhoria na distribuição de renda, a redução da pobreza e a ascensão de mais de 31 milhões de brasileiros à classe média. “No centro de tudo sempre está uma mulher”, assinalou Dilma, lembrando que são as mulheres que recebem o Bolsa Família e têm prioridade no projeto Minha Casa, Minha Vida.

Ela advertiu que, em seu governo, iniciativas em benefício da mulher criadas na gestão Lula terão continuidade. É o caso da Secretaria de Políticas para as Mulheres e da Lei da Maria da Penha — que acaba de completar quatro anos. Dilma prometeu, ainda, construir ao menos 6 mil creches, sendo 1.500 a cada ano de governo, e integrar as políticas se assistência à saúde feminina.

Fonte: UBM

domingo, 12 de setembro de 2010

UBM com Dilma para continuar mudando o Brasil





Nós mulheres brasileiras somos chamadas para novo desafio. Evitar retrocessos e prosseguir mudando o Brasil elegendo Dilma Rousseff, a primeira mulher presidente da república. Já estivemos presentes em grandes lutas populares em todos os tempos e lugares, ousando sonhar e construir um mundo diferente, verdadeiramente justo e igualitário. Já demos provas no passado de compromisso democrático quando lutamos por liberdades políticas para o povo brasileiro. No presente, queremos também ser protagonistas do esforço para construir um projeto de nação justa, com amplas oportunidades para toda a população.

Somos donas de nossa própria vida, de nosso corpo, de nossas escolhas. Queremos a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Queremos mais saúde, mais educação, mais cultura. Queremos uma vida livre de todas as formas de violência e opressão. Estamos mais vivas, vigilantes e combativas, ainda lutando pelo respeito que merecemos e nos opondo ao velho machismo que insiste em aparecer sob novas formas.

Estamos em alerta e sendo protagonistas de um novo projeto nacional de desenvolvimento, onde haja o devido lugar para a participação feminina nos espaços de poder e decisão.

Para nós, eleger Dilma presidente significa renovar essas esperanças na certeza de que podemos conquistar ainda mais. Com ousadia para inovar e para aprofundar as mudanças no Brasil.

A União Brasileira de Mulheres (UBM) já há algum tempo lançou a campanha “Mulher seu voto não tem preço”, entendendo que o papel da mulher na vida do país é de extrema relevância. As mulheres constituem 52% da população. Além de maioria no eleitorado, ainda temos um maior nível de escolaridade e somos quase a metade da população economicamente ativa do país. Apesar disso, não chegamos a 12% nos cargos de maior nível hierárquico no Parlamento, nos Governos Municipais e Estaduais, nas Secretarias de primeiro escalão do Poder Executivo, no Judiciário, nos Sindicatos e nas Reitorias. Mas, estamos pari passu com os homens na produção da riqueza do país.

Nós mulheres, continuamos a clamar por igualdade social e de gênero, contra qualquer tipo de discriminação de raça, cor, etnia, orientação sexual e de geração.

Apoiamos Dilma porque de seu futuro governo depende a conquista de um Brasil com mais desenvolvimento e soberania com distribuição de renda, socialmente equilibrado e ambientalmente construído, onde nós mulheres continuaremos a luta contra a violência de gênero, exigindo o cumprimento da Lei Maria da Penha, batalhando por mais casas abrigo e centros de referência.

Estamos com Dilma, pelo compromisso assumido publicamente pela diminuição da carga horária de trabalho e com igualdade salarial, pela implantação de equipamentos públicos que desonerem cada vez mais a mulher das estafantes tarefas domésticas.

Votaremos em Dilma, pela sua história em defesa da liberdade, e da possibilidade de continuar avançando nas políticas públicas como a defesa do Sistema Único da Saúde, garantindo a ampliação de uma rede de atendimento digno e eficaz, e o acesso aos serviços com muito respeito ao nosso corpo e às diferentes fases de nossas vidas. Ampliaremos as políticas públicas da Assistência Social, com aumento da inclusão social, do acesso e direito à moradia com investimentos ao desenvolvimento econômico com programas habitacionais.

Com Dilma Presidente teremos a possibilidade da Educação ganhar ainda mais o respeito às diferenças e o combate a qualquer tipo de discriminação e os estereótipos. Teremos escolas e creches de período integral para as crianças brasileiras.

Dilma Presidente é a certeza da defesa e do fortalecimento de instrumentos que combatam a mortalidade materna, com a implantação de Comitês de Prevenção da Morte Materna e a legalização do aborto.

Governaremos com Dilma, pois com mais mulheres no poder teremos mais democracia na cidade e no campo e faremos valer a lei dos direitos iguais, tornando as cidades mais humanas.

A campanha “Mulher, seu voto não tem preço - Com Dilma Presidente pra continuar mudando o Brasil” - entende que as mulheres responderão ao chamado de estarem à frente de mais este desafio. O voto feminino fará diferença para que as mulheres estejam ainda mais na política, com mais poder; ocupando espaço e fazendo a diferença!

Participaremos dos comitês de apoio a Dilma em todos os cantos do país com a certeza de que as mulheres e toda a sociedade continuarão a utopia pela construção de um mundo de igualdade contra toda a opressão!

Por tudo isso e por tudo que virá é que continuaremos firmes, fazendo de 2010 um ano de muitas vitórias para nosso povo e para nossas mulheres.

UBM com Dilma presidente do Brasil!

Dilma: Meu adversário perdeu as estribeiras

Dilma Rousseff, na tarde deste sábado (11),afirmou, "Meu adversário tem perdido todas as estribeiras", se referindo assim às acusações perpretradas pela revista Veja contra a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que teoricamente beneficiariam a candidatura do oposicionista José Serra.
Antes de visitar o vice-presidente José Alencar, hospitalizado, Dilma conversou com jornalistas e rebateu as críticas de seu oponente José Serra (PSDB) a sua campanha.

"Eu acho que o meu adversário tem perdido todas as estribeiras... periga passar as eleições chamado de caluniador", advertiu Dilma. A candidata garantiu ter mantido pouco contato com Erenice e que não conhece os empresários citados como próximos à ministra da Casa Civil.

"Até hoje ela tem a minha confiança... Estou fora do governo há três meses e não tenho acompanhado o dia a dia do ministério, mas tenho certeza de que tudo que foi dito será apurado (referindo-se às denúncias) e, se alguém errou, será punido", disse.

Dilma disse que estão fazendo coisas "do arco da velha". "Espero que essa campanha não se paute por isso", comentou a ex-ministra, sobre a onda de baixarias.

Empresário divulga nota desmentindo Veja

O empresário Fábio Baracat divulgou nota na tarde deste sábado desmentindo o texto publicado na Veja. No texto, a revista escreve um relato que atribuiu ao empresário sobre uma suposta negociação com o filho da ministra Erenice Guerra, da Casa Civil.

Leia abaixo a nota divulgada pelo empresário:


"Fui foi surpreendido com a matéria publicada na revista Veja neste sábado, razão pela qual decidi me pronunciar e rechaçar oficialmente as informações ali contidas.

Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Vianet, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado na reportagem. Apenas conheço a empresa e pessoas ligadas a ela, assim como diversos outros empresários do setor.

Destaco também que não tenho qualquer relacionamento pessoal ou comercial com a Ministra Erenice Guerra, embora tivesse tido de fato a conhecido, jamais tratei de qualquer negócio privado ou assuntos políticos com ela.

Acerca da MTA, há 3 meses não tenho qualquer relacionamento com a empresa, com a qual tão somente mantive tratativas para compra.

Erenice Guerra, ministra da Casa Civil, também divulgou nota classificando a matéria de Veja como caluniosa. "lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos", finaliza na nota Erenice.

Leia abaixo a íntegra da nota distribuída pela Casa Civil:


Nota à Imprensa - Casa Civil

Sobre a matéria caluniosa da revista VEJA, buscando atingir-me em minha honra, bem como envolver familiares meus, cumpre-me informar:

1) procurados pelo repórter autor das aleivosias, fornecemos – tanto eu quanto os meus familiares - as respostas cabíveis a cada uma de suas interrogações. De nada adiantou nosso procedimento transparente e ético, já que tais esclarecimentos foram, levianamente, desconhecidos;

2) sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar as medidas judiciais cabíveis para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista VEJA, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por DANOS MORAIS quanto para que me garanta o DIREITO DE RESPOSTA;

3) como servidora pública sinto-me na obrigação, desde já, de colocar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, bem como o de TODOS os integrantes de minha família, a disposição das autoridades competentes para eventuais apurações que julgarem necessárias para o esclarecimento dos fatos;

4) lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos.

Brasília, 11 de setembro de 2010.

Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República


Da redação, com agências.

Mídia comercial ignora denúncia envolvendo filha de Serra

Duas reportagens publicadas neste fim de semana tinham a tarefa de agitar o noticiário eleitoral. A primeira, sob o título Sinais trocados, foi publicada por Leandro Fortes em Carta Capital e narra o episódio em que a empresa de Verônica Serra, filha de José Serra, deixou, em 2001, os dados bancários de 60 milhões de brasileiros expostos a visitação pública durante 60 dias.
A segunda, publicada pela revista Veja, conta que o filho da ministra-chefe da Casa Civil supostamente vende facilidades aos que querem fechar contratos com o Estado.

Uma delas, no entanto, foi ignorada pelos jornais de maior peso, os chamados “jornalões”. Não é difícil imaginar qual. A reportagem de Leandro Fortes sobre Verônica Serra não ganhou uma linha em O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. A matéria de Veja, por outro lado, foi o destaque de capa de dois deles, que dedicam boa parte de seu noticiário dominical à repercussão do tema.

O candidato do PSDB, que vem sendo convidado diariamente a opinar sobre a quebra de sigilo fiscal de sua filha, foi novamente ouvido. Não sobre o episódio da Decidir.com, empresa que tinha sua filha como sócia, mas sobre a Capital Assessoria e Consultoria, do filho de Erenice Guerra, sempre apresentada como “braço-direito” de Dilma Rousseff.
Diferenças

É um bom exercício para o começo desta semana imaginar por que os jornais nada noticiaram sobre a reportagem de Carta Capital. A revista sofre de falta de credibilidade? Certamente não. Além de contar com a assinatura de Mino Carta, um dos jornalistas de melhor reputação do país, a revista não tem, ao longo de sua existência, um histórico de desmentidos e de distorção de fatos.

Quanto a Veja, reputação ilibada não tem sido um sinônimo da semanal da Abril. Foram muitos os episódios em que especialistas e autoridades tiveram de vir a público afirmar que nada haviam dito à revista ou que tiveram suas falas distorcidas. Este caso não é diferente. Fábio Baracat, empresário que aparece na reportagem deste fim de semana afirmando ter sido obrigado a negociar o pagamento de propinas com Ismael Guerra, emitiu nota mostrando-se “surpreendido” pela reportagem.

“Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Vianet, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado (…) Durante o período em que atuei na defesa dos interesses comerciais da MTA, conheci Israel Guerra, como profissional que atuava na organização da documentação da empresa para participar de licitações, cuja remuneração previa percentual sobre eventual êxito, o qual repita-se, não era garantido (…) Acredito que tenha contribuído com o esclarecimento dos fatos, na certeza de que fui mais uma personagem de um joguete político-eleitoral irresponsável do qual não participo.”
Motivos

A vontade dos grandes jornais em mostrar episódios que possam enfraquecer a candidata Dilma Rousseff gera estranheza até mesmo dentro dessas redações. Na última semana, a Folha publicou que um erro da ex-ministra havia provocado prejuízo de R$ 1 bilhão. A notícia, sem base real, virou motivo de piada na internet, e um viral reproduzido pelo Twitter entrou para os principais tópicos mundiais da rede social.

Neste domingo, a ombudsman Suzana Singer chama atenção dos editores da Folha. “O jornal avançou o sinal.” Ela complementa: “Foi iniciativa de Dilma criar a tal tarifa social? Não, foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso.” A ombudsman pede que o jornal deixe o próprio leitor chegar a suas conclusões, sem direcionamentos, e lembra que não tem havido a mesma crítica à gestão de Serra em São Paulo. “A Folha deveria retomar o equilíbrio na sua cobertura eleitoral e abrir espaço para vozes dissonantes. O apartidarismo – e não ter medo de crítica – sempre foram características preciosas deste jornal.”

Neste momento, como os institutos de pesquisa indicam que é muito pequena a possibilidade de Dilma perder a eleição, é preciso considerar outros interesses na divulgação de algumas notícias. O Painel da Folha dá uma pista ao falar do caso: “Até agora, ela era dada como nome certo num eventual governo Dilma.” O blog Vi o Mundo, de Luiz Carlos Azenha, levanta uma indagação: “Será que tem o dedo de outros candidatos ao cargo na capa da Veja? Ou será que o Civita quer indicar o primeiro-ministro de um eventual governo Dilma?”

Mora aí uma diferença fundamental das atuais eleições. Ainda não se sabe qual será o real impacto da internet sobre os números finais da votação de 3 de outubro, mas a rede se converteu em um espaço para tentar difundir propostas - a favor ou contra os candidatos - e notícias que são ignoradas pela mídia comercial.

Fonte: Rede Brasil Atual

VAI ACONTECER

"Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado"

Em continuação da Campanha 18 de Maio de 2009(Enfretamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.), no dia 15 de setembro de 2010, no SESC, ás 14:15hs, em Aracajú/SE, será lançado o filme "Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado".


TERÇA DIA 14

DIA NACIONAL DE LUTA
O Sindicato dos Bancários realizará no centro bancário de Aracaju.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ivânia Pereira concede entrevista jornal Correio de Sergipe

Entrevista Ivânia Pereira

1 – Correio de Sergipe - A ausência de 10 dos 13 vereadores da bancada que dá sustentação ao prefeito Edvaldo Nogueira na Câmara de Vereadores, na última quinta-feira, dia do aniversário do PC do B, não caracteriza um certo desprestígio ao maior nome do partido em Sergipe?

Ivânia Pereira – É publica e pode-se observar na prática o grande prestígio do nosso prefeito junto a Casa Legislativa, a trajetória institucional de Edivaldo Nogueira se deu como Vereador da nossa Capital e ele sempre dispensou um tratamento especial a Câmara Municipal e este tratamento tem sido recíproco. Não podemos querer em nome do que se quer chamar de “prestígio”, regular e restringir o papel da Câmara.

2 – C.S. – O que passou pela cabeça dos membros do partido, ao deixarem a Câmara? Foi mesmo o sentimento de frustração, como apostou o vereador Juvêncio Oliveira, do rival PFL?

I.P. Frustração é sentimento de derrotado, e não é o nosso caso, nosso projeto é vitorioso, basta olhar os rostos dos Aracajuanos e Aracajuanas, a cada obra que é entregue, a recepção que o povo de Aracaju esta dando ao nosso prefeito, é a maior e a mais incontestável prova de que não há espaço para isso no coração dos nossos partidários.

3 – C.S. – A senhora acredita que estão “fritando”, de fato, o prefeito Edvaldo Nogueira dentro do seu próprio grupo político?

I.P. - Esse fogo não é amigo, e sim algo sustentado por um grupo que quer voltar ao poder tentando desestruturar um projeto vitorioso que tem um rumo, e um belo caminho a seguir. É público e inconteste, o apoio que todo o grupo, inclusive o governador Marcelo Deda, tem manifestado ao Prefeito Edivaldo Nogueira publicamente.

4 – C.S. - O que falta ao governo Edvaldo Nogueira para que ele se livre do estigma de ser sombra de Marcelo Deda?

I.P. – Por estas observações que nada acrescentam, não vamos sobre qualquer hipótese mudar o rumo de um trabalho de seis anos que é vitorioso e foi construído em conjunto por Deda/Edvaldo. Quanto ao seu governo, está nas ruas e na boca do povo.

5 – C.S. - Que balança a senhora faz dos 85 anos do PC do B?
I.P. – Fundado em 1922, o Partido Comunista do Brasil é o mais antigo do país. Viveu 60 anos na clandestinidade. O PCdoB é filho legítimo da classe operária e do valoroso povo trabalhador. Ele representa seus interesses presentes e futuros. Sua força vem daí e por isto mesmo ele é indestrutível. É também o Partido da juventude, das mulheres, da intelectualidade progressista e das camadas médias avançadas.
O PCdoB está ligado a todas as lutas e conquistas do povo brasileiro. Ele foi o primeiro partido a defender a reforma agrária, a criação dos direitos sociais e trabalhistas (como a jornada de trabalho de 8 horas diárias, o direito a férias, aposentadoria, 13º salário, saúde, educação e previdência pública etc).
Na atualidade o Partido defende a paz e se opõe à escalada guerreira do imperialismo norte-americano. Luta por uma nova ordem mundial multipolar, assentada no direito internacional e no respeito à autodeterminação dos povos. Os filiados têm o direito de eleger e ser eleitos para os organismos dirigentes do Partido, o que mantém sempre unido e com uma só orientação política. Nele não existem grupos ou tendências com interesses particulares sobrepostos ao interesse do coletivo partidário.
No plano nacional apoiamos e participamos do governo do Presidente Lula, no plano estadual o PCdoB é parte constitutiva do governo das mudanças e plano municipal estamos com tranqüilidade implementando sobre a ótica do regime econômico em que vivemos uma administração comprometida com o social.

6 – C.S. – O PC do B aceitaria compor a chapa, em 2008, indicando o candidato a vice-prefeito do PT mais uma vez?

I.P. Cada eleição tem a sua peculiaridade, e essa jornalista, que ainda está longe, com certeza se desenhará no momento propício. A hora é de arregaçar as mangas e trabalhar e é o que estamos fazendo.

7 – CS - Com ida de Tânia Soares para a Assembléia Legislativa o nome Ivânia Pereira pode ser a pedida do PC do B para ter um acento na Câmara Municipal, em 2009?

I.P. Com certeza, o partido apresentará pessoas tão preparados(as) e capazes, quanto à companheira Tânia Soares, que vai fazer muita falta aquela casa.


C.S. Cargo que exerce no governo Edvaldo Nogueira?

I.P. Nenhum

C.S. - Cargo no partido?

I.P - Vice Presidente

C.S.- Tempo de filiação?

I.P. - 25 Anos

domingo, 25 de abril de 2010

FALTA DEMOCRACIA NOS FÓRUNS DO BANESE

Na ultima assembléia de acionistas do Banese ocorrida no dia 12/04, foi colocada em prática a formulação de Maquiavel, “Os fins justificam os meios”. Para orientar uma ação que se presume, com o fim de garantir seu domínio na instância máxima da empresa, lançou mão de atitudes antidemocráticas, injustas e desrespeitosas. Fato que tem se tornado habitual na prática desse gestor (acabou com a mesa de negociação que foi implementada pelo governo de Sergipe como uma promissão de dialogar com as representações dos servidores públicos do Estado.

Pela primeira vez o representante dos trabalhadores do Banco no Conselho de Administração chegou à sala de reunião onde aconteceria a AGO e pasmem a porta encontrava-se trancada, tendo que bater e alguém vir abrir. Em seguida, outro colega, que também é acionista chegou para participar da Assembléia e a porta também estava trancada, bateu e quando abriram a porta o Supremo Presidente, digo, do Conselho, disse que ele não poderia participar da reunião por ter chegado 10 minutos atrasado. Onde está escrito que um acionista não tem acesso à assembléia porque chegou atrasado. Esta foi a primeira vez que o fato aconteceu no Banese.

Mas, em se falando do Banese, nos últimos tempos este tipo de comportamento antidemocrático tem se tornado rotina, utilizando-se de qualquer meio para atingir os seus objetivos. Auto lá, Primeiro Ministro, ou, Presidente, ou Secretario! É tão grande o poder que chega a confundir-se. Apesar de política e moral enquanto formas de comportamento não se identificarem, a política não pode absorver a ética, nem esta pode ser reduzida à política. Por isso as boas práticas de gestão elegem a democracia como a melhor pratica contemporânea.
Onde será que ele aprendeu tanto? ...



Ivânia Pereira
Diretora do Sindicato e Func. do Banese

domingo, 4 de abril de 2010

Formada aliança mundial para acabar a violência doméstica contra a mulher

O homem precisa se sensibilizar e entrar na campanha para acabar com a violência doméstica contra a mulher. Esta é uma das principais conclusões do encontro realizado em Washington, DC, com a participação do Juiz de Direito Roberto Arriada Lorea, da Vara da Violência Doméstica de Porto Alegre.
Intercambiar experiências e visualizar ações conjuntas reuniu num mesmo lugar magistrados, empresários e representantes de entidades do Terceiro Setor de 16 países, de 8 a 11/3 para criar uma "Aliança global para o fim da violência contra a mulher". O Juiz Lorea viajou e participou do encontro a convite do Departamento de Estado dos Estados Unidos Unidos.
Além do Governo local, promoveram o seminário o Instituto Vital Voices e a Fundação para a Mulher Avon. Dentre os presentes, além do Governo americano, representantes do Egito, Jordânia, Argentina, China, Rússia, Colômbia, Índia, Brasil, Libéria, República Tcheca, Turquia, México, África do Sul, Congo e Cambodja.
Juiz Lorea no seu gabinete de trabalho
O magistrado fez parte da delegação brasileira formada ainda por representante do Ministério da Justiça e dos Institutos brasileiros Avon, Patrícia Galvão e Promundo. Considera o magistrado que a violência doméstica contra a mulher é um fenômeno mundial - "Todas as sociedades e culturas apresentam o mesmo problema", afirmou. "Talvez em sociedades mais desiguais se agrave a situação das mulheres, mas ela é ruim também em sociedades como as dos Estados Unidos ou as localizadas na Europa", disse.
Comparando a situação brasileira com outros países, o juiz observa que "a Lei Maria da Penha é uma legislação muito boa e bastante moderna e contempla o atendimento às mulheres de forma muito eficaz. O que se percebe é que em alguns países não há uma legislação específica e em outros há uma legislação, mas não há uma Vara ou uma Corte especializada, como no caso do Brasil - neste contexto internacional, estamos em um excelente caminho porque temos uma ótima legislação e começamos a implementar as varas especializadas". Contudo, continuou, "se observa também que há necessidade de maior implementação desta legislação e este é o nosso desafio".
O evento em Washington serviu para criar uma rede mundial contra a violência contra a mulher. "Temos que estar preparados para um aumento da demanda - a Vara da Violência Doméstica foi criada há dois anos e meio em Porto Alegre está com 10 mil processos e vai chegar a 20 mil processos facilmente".
O grupo chegou concluiu que é importante mobilizar os homens na prevenção da violência doméstica, conta. "Normalmente temos as mulheres sendo agredidas por companheiros do sexo masculino - casos diferentes têm números bem menores, como entre lésbicas, e este é um quadro mundial".
Já são 43 os Juizados no país, segundo dados recentemente divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça. O Juiz Lorea comemora a criação pelo Estado de São Paulo de mais nove varas de uma vez só. “Seria importante que aqui no RS também se ampliasse o número de Varas porque uma Vara com 10 mil processos desta natureza não pode funcionar adequadamente – e quando aumenta muito a quantidade, a qualidade fica prejudicada”.
A Avon que é uma das entidades promotoras do encontro em Washington tem uma forte atuação no Brasil, relatou o magistrado, e é conhecida a campanha contra o câncer de mama. “Agora”, disse, “está se voltando contra a violência contra a mulher”. E será interessante porque a Avon tem mais de 1 milhão e 300 mil representantes no Brasil, o que por si só assegura impacto a qualquer programa que desenvolva.
A Secretária de Estado, Hilary Clinton, participou de um evento na programação. Durante um dia do seminário as atividades foram realizadas todas no próprio Departamento de Estado, correspondente no Brasil ao Ministério das Relações Exteriores.
O Juiz de Direito Lorea respondeu ainda as seguintes perguntas:
Pergunta - Violência sexual, violência doméstica e tráfico de mulheres – tudo está interligado. Como os países em geral têm enfrentado estas questões?
Juiz Roberto Arriada Lorea - Alguns países não têm varas especializadas em violência doméstica, mas tem tráfico de mulheres. Aqui no Brasil, no nordeste, este problema é notório. E estas realidades estão todas interligadas. Violência doméstica faz com que uma jovem, uma adolescente, saia de casa e pode acabar vítima de uma situação de tráfico de mulheres. Já é de se pensar em especializar alguma vara principalmente na região do Nordeste brasileiro.
Outra questão importante e consensual é que o enfrentamento a estas questões deve ser feito localmente. Por exemplo, podemos pensar em intervir na realidade de Porto Alegre, o que seria mais realista do que pensamos em situações nacionais, dada a diversidade de realidade. Claro que um primeiro enfrentamento pode ser nacional como uma campanha para os homens se engajarem, mas alguma intervenção mais eficaz e proveitosa deve ser pensada no local dos fatos. Nós refletimos sobre isso lá.

Formada aliança mundial para se opor à violência doméstica contra a mulher

O homem precisa se sensibilizar e entrar na campanha para acabar com a violência doméstica contra a mulher. Esta é uma das principais conclusões do encontro realizado em Washington, DC, com a participação do Juiz de Direito Roberto Arriada Lorea, da Vara da Violência Doméstica de Porto Alegre.


Intercambiar experiências e visualizar ações conjuntas reuniu num mesmo lugar magistrados, empresários e representantes de entidades do Terceiro Setor de 16 países, de 8 a 11/3 para criar uma "Aliança global para o fim da violência contra a mulher". O Juiz Lorea viajou e participou do encontro a convite do Departamento de Estado dos Estados Unidos Unidos.

Além do Governo local, promoveram o seminário o Instituto Vital Voices e a Fundação para a Mulher Avon. Dentre os presentes, além do Governo americano, representantes do Egito, Jordânia, Argentina, China, Rússia, Colômbia, Índia, Brasil, Libéria, República Tcheca, Turquia, México, África do Sul, Congo e Cambodja.


Juiz Lorea no seu gabinete de trabalho

O magistrado fez parte da delegação brasileira formada ainda por representante do Ministério da Justiça e dos Institutos brasileiros Avon, Patrícia Galvão e Promundo. Considera o magistrado que a violência doméstica contra a mulher é um fenômeno mundial - "Todas as sociedades e culturas apresentam o mesmo problema", afirmou. "Talvez em sociedades mais desiguais se agrave a situação das mulheres, mas ela é ruim também em sociedades como as dos Estados Unidos ou as localizadas na Europa", disse.

Comparando a situação brasileira com outros países, o juiz observa que "a Lei Maria da Penha é uma legislação muito boa e bastante moderna e contempla o atendimento às mulheres de forma muito eficaz. O que se percebe é que em alguns países não há uma legislação específica e em outros há uma legislação, mas não há uma Vara ou uma Corte especializada, como no caso do Brasil - neste contexto internacional, estamos em um excelente caminho porque temos uma ótima legislação e começamos a implementar as varas especializadas". Contudo, continuou, "se observa também que há necessidade de maior implementação desta legislação e este é o nosso desafio".

O evento em Washington serviu para criar uma rede mundial contra a violência contra a mulher. "Temos que estar preparados para um aumento da demanda - a Vara da Violência Doméstica foi criada há dois anos e meio em Porto Alegre está com 10 mil processos e vai chegar a 20 mil processos facilmente".

O grupo chegou concluiu que é importante mobilizar os homens na prevenção da violência doméstica, conta. "Normalmente temos as mulheres sendo agredidas por companheiros do sexo masculino - casos diferentes têm números bem menores, como entre lésbicas, e este é um quadro mundial".

Já são 43 os Juizados no país, segundo dados recentemente divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça. O Juiz Lorea comemora a criação pelo Estado de São Paulo de mais nove varas de uma vez só. “Seria importante que aqui no RS também se ampliasse o número de Varas porque uma Vara com 10 mil processos desta natureza não pode funcionar adequadamente – e quando aumenta muito a quantidade, a qualidade fica prejudicada”.

A Avon que é uma das entidades promotoras do encontro em Washington tem uma forte atuação no Brasil, relatou o magistrado, e é conhecida a campanha contra o câncer de mama. “Agora”, disse, “está se voltando contra a violência contra a mulher”. E será interessante porque a Avon tem mais de 1 milhão e 300 mil representantes no Brasil, o que por si só assegura impacto a qualquer programa que desenvolva.

A Secretária de Estado, Hilary Clinton, participou de um evento na programação. Durante um dia do seminário as atividades foram realizadas todas no próprio Departamento de Estado, correspondente no Brasil ao Ministério das Relações Exteriores.

O Juiz de Direito Lorea respondeu ainda as seguintes perguntas:

Pergunta - Violência sexual, violência doméstica e tráfico de mulheres – tudo está interligado. Como os países em geral têm enfrentado estas questões?

Juiz Roberto Arriada Lorea - Alguns países não têm varas especializadas em violência doméstica, mas tem tráfico de mulheres. Aqui no Brasil, no nordeste, este problema é notório. E estas realidades estão todas interligadas. Violência doméstica faz com que uma jovem, uma adolescente, saia de casa e pode acabar vítima de uma situação de tráfico de mulheres. Já é de se pensar em especializar alguma vara principalmente na região do Nordeste brasileiro.

Outra questão importante e consensual é que o enfrentamento a estas questões deve ser feito localmente. Por exemplo, podemos pensar em intervir na realidade de Porto Alegre, o que seria mais realista do que pensamos em situações nacionais, dada a diversidade de realidade. Claro que um primeiro enfrentamento pode ser nacional como uma campanha para os homens se engajarem, mas alguma intervenção mais eficaz e proveitosa deve ser pensada no local dos fatos. Nós refletimos sobre isso lá.






Ivânia Pereira