sábado, 25 de setembro de 2010

Pesquisa nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismo

Inscrições para pesquisa nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismo terminam no dia 7 de outubro

Sete milhões serão aplicados no intuito de estimular e fortalecer financeiramente projetos de pesquisa científica e tecnológica que visem a ampliar estudos nessa área

Os interessados em realizar pesquisa nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismos têm até o dia 7 de outubro para fazerem suas inscrições. Sete milhões serão aplicados no intuito de estimular e fortalecer financeiramente projetos de pesquisa científica e tecnológica que visem a ampliar estudos nessa área. As propostas aprovadas serão financiadas com recursos oriundos dos Fundos Setoriais e do Tesouro Nacional (FNDCT). Um dos objetivos é contemplar centros emergentes, pesquisadores em início de carreira, a distribuição regional de recursos e a intersecção com as seguintes abordagens: classe social, geração, raça, etnia e sexualidade.

O projeto é uma parceria da Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento (CNPq), e do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).

A parcela mínima de 30% dos recursos será destinada a projetos coordenados por pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste. Uma porcentagem de 14% do será reservada a projetos que contemplem as relações de gênero, mulheres e feminismos em suas interseccionalidades com as temáticas da ruralidade, da reforma agrária, da agricultura familiar, das situações das mulheres do campo e da floresta, em áreas prioritárias de políticas públicas, como os territórios da cidadania.

Os recursos serão distribuídos a duas categorias. A “categoria Um” destina-se a projetos de até R$ 50 mil, cujo coordenador seja doutor há mais de cinco anos. Na “Dois”, concorrem projetos de até R$ 25 mil realizados por grupos de pesquisa, cujo coordenador seja doutor há menos de cinco anos. Os projetos que forem apoiados deverão executar seus trabalhos em um prazo máximo de 24 meses.

O proponente deve possuir o título de doutor, ter seu currículo cadastrado na Plataforma Lattes, e ainda ter vínculo formal com a instituição de execução do projeto. As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq, exclusivamente, via Internet, por intermédio do Formulário de Propostas Online, disponível na “Plataforma Carlos Chagas”.

Acesse na integra o Edital.

Assessoria de Comunicação da SPM com Informações CNPq.

O pleito de 2010 deve eleger a maior bancada feminina da história da Câmara

Estima-se que 40% das cadeiras da Câmara serão renovadas, além de mais mulheres eleitas.

Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) prevê que sejam renovadas em torno dos 40% das cadeiras da Câmara Federal com as eleições 2010, além de mais mulheres eleitas. Entretanto, o percentual de renovação possivelmente será inferior à média de 50% registrada nas últimas cinco eleições, apesar de ser considerado alto se comparado a outros Parlamentos.

Das 55 parlamentares em exercício, 39 são candidatas à reeleição em outubro, 37 deputadas e duas senadoras, um alto índice à reeleição. Com as projeções de crescimento, pode-se esperar para a próxima legislatura, em 2011, uma bancada feminina mais fortalecida para manter e ampliar seus direitos, principalmente na luta pela igualdade de gêneros.

Segundo o Diap, das 14 parlamentares que não vão tentar renovar mandato, duas disputam o governo do estado: Santa Catarina (Ângela Amin - PP; e Ideli Salvatti - PT); três ao Senado Federal (Ângela Portela - PT/RR; Lídice da Mata - PSB/BA); e Vanessa Grazziotin - PCdoB/AM); três à Câmara Legislativa Estadual (Bel Mesquita - PMDB/PA; Cida Diogo - PT/RJ; e Patrícia Saboya - PDT/CE); uma à presidência da República (Marina Silva PV-AC); e uma a Câmara dos Deputados (Serys Shessarenko - PT/MT).

Quatro senadoras permanecem no mandato até 2015 (Marisa Serrano - PSDB/MS; Maria do Carmo Alves - DEM/SE; Kátia Abreu - DEM/TO e Rosalba Ciarlini - DEM/RN, que é candidata ao governo do estado).
As projeções de crescimento são baseadas no aumento do número de candidaturas ao cargo de deputada federal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já registrou 1345 candidaturas femininas para as próximas eleições. Em 2006 e 2002, foram 737 e 490 candidatas, respectivamente.

A região Sul é destaque no possível aumento de eleitas em relação à última eleição. Em 2006, a região elegeu 4 (5,19%) deputadas federais e, em 2010, este número pode chegar a 12 (15,58%).

O aumento tem também relação direta com a minirreforma eleitoral aprovada no ano passado, que estabelece o preenchimento por parte dos partidos de pelo menos 30% de suas vagas com candidaturas de cada sexo. Antes, a Lei Eleitoral (9.504/97) determinava apenas a "reserva" de 30% das candidaturas, o que abria espaço para que os partidos não preenchessem essas vagas.

Em maior número no Parlamento, as mulheres também esperam se tornar novas lideranças. Segundo o Diap, a presença feminina na elite parlamentar entre os “Cabeças” do Congresso Nacional de 2010, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. Entre os 100 parlamentares influentes, apenas seis mulheres fazem parte da lista: quatro deputadas, todas vice-líderes: Alice Portugal (PCdoB/BA), Luiza Erundina (PSB/SP), Rita Camata (PSDB/ES) e Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM); e duas senadoras, a líder Ideli Salvatti (PT/SC) e a vice-líder Kátia Abreu (DEM/TO).


Ranking das deputadas eleitas entre 1950 e 2006
1950 - 1 / 0,33%
1954 - 3 / 0,92%
1958 - 2 / 0,61%
1962 - 2 / 0,49%
1966 - 6 / 1,47%
1970 - 1 / 0,32%
1974 - 1 / 0,31%
1978 - 4 / 0,95%
1982 - 8 / 1,67%
1986 - 26 / 5,34%
1990 - 28 / 5,57%
1994 - 32 / 6,24%
1998 - 29 / 5,65%
2002 - 42 / 8,19%
2006 - 45 / 8,77%

Fonte: Portal da Comunicação Social Gov

"Se eu errar, vai custar para outra mulher ser presidente"

Durante o pronunciamento de Dilma na Plenária com as Mulheres Trabalhadoras, aconteceram vários momentos marcantes, que tomo a liberdade de transcrevê-los abaixo.

Dilma: "Se eu errar, vai custar para outra mulher ser presidente"

Diante de mil lideranças das seis centrais sindicais (CUT, Força, CTB, UGT, CGTB e NCST), a candidata Dilma Rousseff se comprometeu nesta terça-feira (17) a “honrar todas as mulheres do país” no Palácio do Planalto, tal como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “honrou os operários brasileiros”. A promessa foi feita na plenária “Mulheres Trabalhadoras com Dilma Presidenta”, na Casa de Portugal, em São Paulo.

“O Lula dizia que não podia decepcionar porque, se isso ocorresse, ia demorar muito para outro operário se tornar presidente. Eu também não posso errar. Se errar, vai custar para uma mulher voltar à Presidência. Sei exatamente o que representa uma candidatura nossa”, afirmou a presidenciável da coligação Para o Brasil Seguir Mudando. “Lula está passando para mim a coisa que ele mais ama, que é o cuidado com o povo brasileiro. Vou honrar esse compromisso.”

A plenária — definida no discurso do presidente em exercício da CTB, Nivaldo Santana, como “um ato histórico” — ressaltou os avanços do governo Lula nas áreas sociais e o protagonismo sem precedentes conferido às mulheres. “Se Getúlio Vargas foi o presidente que garantiu o direito do voto às mulheres, Lula nos garantiu uma mulher na Presidência”, frisou o presidente da CGTB, Antonio Neto.

Segundo Dilma, o governo Lula teve “claramente” um compromisso com os trabalhadores e as mulheres. Entre os avanços da gestão federal, Dilma destacou a política “vigorosa” de valorização do salário mínimo, associada ao controle da inflação, e a geração de 14 milhões de empregos formais — “com direito a carteira assinada, 13º salário, férias e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Para a candidata, também sobressaem feitos como a melhoria na distribuição de renda, a redução da pobreza e a ascensão de mais de 31 milhões de brasileiros à classe média. “No centro de tudo sempre está uma mulher”, assinalou Dilma, lembrando que são as mulheres que recebem o Bolsa Família e têm prioridade no projeto Minha Casa, Minha Vida.

Ela advertiu que, em seu governo, iniciativas em benefício da mulher criadas na gestão Lula terão continuidade. É o caso da Secretaria de Políticas para as Mulheres e da Lei da Maria da Penha — que acaba de completar quatro anos. Dilma prometeu, ainda, construir ao menos 6 mil creches, sendo 1.500 a cada ano de governo, e integrar as políticas se assistência à saúde feminina.

Fonte: UBM